sexta-feira, 4 de julho de 2014

Livros Recomendados

Nenhum comentário:
Estou criando aqui uma postagem que atualizarei periodicamente. Aqui ficará uma lista com livros que já li e recomendo, porque os considero importantes para qualquer pessoa que deseja conhecer um cristianismo racional e inteligente; e também para o cristão que deseja defender sua fé com bons argumentos. Vou separar os livros por temas e colocá-los em uma ordem que julgo interessante. Mas o leitor sinta-se livre para lê-los na ordem que quiser. Vamos ao que interessa:

Tema 1: Existência de Deus e Racionalidade

1) "Não tenho fé suficiente para ser ateu", Norman Geisler e Frank Turek;
2) "Cristianismo Puro e Simples" , C. S. Lewis;
3) "Em Guarda", Willian Lane Craig;
4) "Milagres", C. S. Lewis;
5) "Apologética para Questões difíceis da vida", Willian Lane Craig;
6) "Apologética Contemporânea", William Lane Craig; 
7) "A Descoberta", Michelson Borges e Denis Cruz;
8) "A abolição do homem", C. S. Lewis.
9) "A Caixa Preta de Darwin", Michael Behe;
10) "O Fator Melquisedeque", Don Richardson;
11) "A história da vida", Michelson Borges. 

Estes primeiros livros são ideais para quem quer começar lá do começo. Você vai encontrar nesses livros respostas para perguntas como: É racional crer em Deus? Há argumentos racionais para acreditar na existência de Deus? Se sim, quais são os principais argumentos para a existência de Deus? E a crença no cristianismo? Ela é uma opção viável? Como podemos defender a fé cristã diante dos argumentos de ateus, agnósticos ou pessoas de outras religiões? Jesus existiu? Ele foi só um simples homem? Os milagres são possíveis? Os milagres quebram as leis da natureza? É racional crer em milagres? O que é apologética? Qual a importância do estudo da apologética? E etc., etc., etc.

Tema 2: Veracidade da Bíblia e Resolução de Dificuldades

12) "Escavando a Verdade", Dr. Rodrigo P. Silva.
13) "Uma história politicamente incorreta da Bíblia", Robert Huntchinson. 
14) "Supostamente Cruel", Davi Caldas.
15) "O Deus da Bíblia é Cruel?", Paul Copan. 
16) "Merece Confiança o Novo Testamento?", F. F. Bruce.
17) "Os Evangelhos Perdidos", Darrell Bock.
18) "Quebrando o Código da Vinci", Darrell Bock.
19) "Manual Popular de Dúvidas Enigmas e 'Contradições' da Bíblia", Norman Geisler e Thomas Howe.
20) "O Problema do Sofrimento", C. S. Lewis.
21) "A anatomia de uma dor", C. S. Lewis.
22) "Segredos do Alcorão", Don Richardson.

Estes outros livros falam sobre a Bíblia. Aqui você descobrirá como a arqueologia tem validado diversas fatos narrados na Bíblia, estudará sobre como a Bíblia é confiável do ponto de vista da história, terá contato com centenas de resoluções de supostas contradições bíblicas, verá como a Bíblia contribuiu para diversos avanços do mundo, poderá tirar dúvidas sobre os textos da Bíblia (sobretudo do Antigo Testamento) que parecem retratar um Deus cruel, sanguinário e preconceituoso. Além disso, terá uma visão bem ampla do que é o verdadeiro cristianismo, como ele é racional e repleto de vida. E, ainda, terá mais uma explicação sobre o problema do sofrimento (digo mais uma porque também alguns livros que já mencionei acima também tratam um pouco do assunto).

Finalmente, o autor do livro "Supostamente Cruel" sou eu mesmo. Indico-o mais pelo tema do que por propaganda. É um tema interessante e importante para se ter uma fé racional. E eu ofereço ampla atenção ao tema nesse livro. Acredito que possa contribuir para que o leitor tenha uma visão mais completa de Deus no Antigo Testamento.

Tema 3: Discussões Internas no Cristianismo

23) "Crenças Populares", Samuele Bacchiocchi
24) "Do Sábado para o Domingo", Samuele Bacchiocchi.
25) "Tempo de Esperança", Mark Finley.
26) "O Grande Conflito", Ellen White.
27) "A Trindade", W. Whidden, Jerry Moon e Jonh W. Reeve.
28) "Em busca de identidade", George Knight
29) "Sutilezas do erro", Arnaldo Christianini.
30) "Questões sobre doutrinas", Leroy E. Froom e outros.
31) "Assim Diz o Senhor", Lorenzo Gonzalez
32) "Cartas do Inferno", C. S. Lewis

Estes livros discutem assuntos que estão dentro do cristianismo e que divergem, em alguns casos um pouco, em outros casos bastante, de uma denominação cristã para outra. São assuntos como: se o inferno é eterno ou não, se a alma é imortal ou mortal, se o sábado continua sendo um dia santo, se Deus é uma Trindade ou não e etc. Essas leituras são importantes para aquele que já descobriu que o cristianismo é verdadeiro, mas agora deseja saber que posicionamento deve tomar em relação à essas questões internas.

Tema 4: Escatologia 

33) "Uma Nova Era segundo as profecias de Daniel", C. Mervyn Maxwell.
34) "Uma Nova Era segundo as profecias de Apocalipse". C. Mervyn, Maxwell.
35) "Apocalipse 13", Marvin Moore.
36) "O Último Império", Vanderlei Dorneles
37) "Em Busca de Identidade", George Knight.
38) "Profecias Surpreendentes", Hebbert E. Douglass.

Este último grupo se refere ao estudo de profecias bíblicas de Daniel e Apocalipse e como muitas delas se aplicam ao panorama político/econômico/cultural/religioso do mundo atual.

Além desses livros, há também alguns livros que lerei em breve. Sei que seus autores são bons, mas como ainda não li (ou, em alguns casos, não li por inteiro), ficarão aqui na fila de espera, por enquanto. São esses:

"Na Mira da Verdade I", Leandro Quadros.
"Na Mira da Verdade II", Leandro Quadros.
"Teologia Sistemática I", Norman Geisler.
"Teologia Sistemática II", Norman Geisler.
"Daniel verso por verso", Henry Feyerabend.
"Apocalipse verso por verso", Henry Feyerabend.
"Ortodoxia", G. K. Chesterton.
"O homem eterno", G. K. Chesterton.
"Surpreendido pela Alegria", C. S. Lewis.
"Em defesa de Cristo", Lee Strobel.
"Em defesa da Fé", Lee Strobel.
"Deus Existe", Antony Flew.
"Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia", autores diversos.
"Filosofia e Cosmovisão cristã", William Lane Craig e J. P. Moreland.
"Evidência que exige um veredito", Josh Macdowell.
"Heresia", Alister Macgrath
"A ciência descobre Deus", Ariel Roth
"Origens", Ariel Roth.

Bem, por enquanto são esses. 

Ah, em breve devo adicionar também aqui uma lista bem legal de livros sobre pensamento político e econômico, a fim de frisar o pensamento conservador e uma análise crítica e ácida contra movimentos de esquerda (o que também é a tônica desse blog). Fiquem atentos, pois estarei sempre atualizando essa lista.

Abraços!

Breves considerações sobre a lei II: sobre "innomos"

Nenhum comentário:
O mesmo Paulo que diz que não estamos mais debaixo da lei e sim da graça (Romanos 6:14), também afirma em carta aos Efésios:

"Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no Reino de Cristo e de Deus. Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto, não sejais participantes com eles" (Efésios 5:5-7).

Ele também diz o seguinte em sua primeira carta aos coríntios:

"Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores entrarão no reino de Deus" (I Coríntios 6:9-10).

Se voltarmos a carta aos romanos, um versículo depois de Paulo afirmar que não estamos mais debaixo da lei, mas da graça, vemos ele dizer: "E daí? Havemos de pecar por não estar mais debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum!" (Romanos 6:15).

A leitura desses três textos nos faz entender uma coisa: quando Paulo diz que não estamos mais debaixo da lei, mas da graça, não está dizendo que toda a lei exposta no no Antigo Testamento foi abolida e não devemos mais segui-la. Afinal, ele reafirma bastante coisa que a lei do Antigo Testamento já dizia. A lei dizia para não matar, para não idolatrar, para não maldizer, para não roubar e etc. Paulo não só reafirma tudo isso como enfatiza que quem vive transgredindo esses preceitos, sem se arrepender, não vai entrar no Reino de Deus. Em outras palavras, não será salvo.

A pergunta que surge então é a seguinte: o que Paulo queria dizer com a expressão "debaixo da lei"? 

A expressão utilizada por Paulo vem do grego "Innomos" que quer dizer literalmente "dentro da lei". Mas Paulo não usa esta expressão para se referir propriamente a lei, mas sim ao contexto da lei. Vamos entender melhor.

Na cabeça de Paulo a história se dividia em dois contextos: um pré-sacrifício de Cristo e um pós-sacrifício de Cristo. No primeiro contexto havia a lei, mas Cristo ainda não havia se sacrificado. Então, a salvação era apenas uma promessa a ser concretizada.

A lei, nesse contexto pré-sacrifício de Cristo geralmente é retratada por Paulo como sendo condenatória. Mas é importante observar que isso não é uma crítica de Paulo à lei. Ele a retrata de forma condenatória porque em um contexto onde Cristo ainda não concretizou a salvação de ninguém, a lei, que é o padrão moral de certo e errado, condena definitivamente os pecadores à morte. E não há quem possa reverter isso.

Perceba que o problema não está na lei, mas no homem, que é pecador. A mesma lei que condena o pecador, absolve a Cristo, pois Ele não peca. 

Então, o contexto pré-sacrifício de Cristo é um contexto de condenação e morte, não porque a lei é ruim e sim porque Cristo ainda não se sacrificou por nós. Só por isso. É precisamente isso que Paulo diz em I Coríntios 3:1-11 (texto que tanta gente interpreta erroneamente). Nessa passagem ele chama o contexto pré-sacrifício de Cristo de ministério da morte e o contexto pós-sacrifício de Cristo de ministério do Espírito. 

No primeiro, tínhamos apenas a lei em letras, sozinha, o que nos condena pelo pecado. No segundo, temos o sacrifício consumado de Cristo, que nos absolve. No primeiro, a lei está em letras gravadas em pedras apenas. No segundo, Cristo nos dá seu Espírito para habitar em nós, e a lei passa a ser gravada em nós. O primeiro foi glorioso porque apontava para o futuro sacrifício de Cristo. O segundo é muito mais glorioso porque aponta para o sacrifício já consumado de Cristo.

Enfim, Paulo não condena a lei. Ele apenas se esforça para mostrar que a lei não tem função de salvação e que um contexto sem sacrifício de Cristo é um contexto de condenação e morte. 

Trazendo isso para a discussão em Romanos, quando Paulo fala que não estamos mais dentro da lei, está dizendo que não estamos mais daquele do contexto condenatório da lei, mas sim dentro do contexto da graça concretizada de Deus. 

Embora isso não seja tão visível à primeira vista, qualquer um que sente para analisar detidamente a questão, vai perceber que Paulo não estaria falando contra a lei e ao mesmo tempo orientando a agirmos conforme seus preceitos.

Aí é a hora do leitor perguntar: "Ora, mas se Paulo não ensinava a abolição da lei, como é que ele fala contra os preceitos ritualísticos dos judeus?". Ora, porque esses preceitos eram ritualísticos. Os rituais judaicos foram dados por Deus com uma única finalidade: apontar para o futuro sacrifício de Cristo. Uma vez que Cristo já se sacrificou, esses rituis cumpriram sua finalidade e agora podem se aposentar. Neste caso, a lei continua sendo cumprida, pois ela mesma determinava que Cristo, o verdadeiro sacrifício, substituiria os rituais que apenas apontavam para Ele.

Agora, a mesma compreensão não pode ser estendida para as leis morais. Elas não foram dadas por Deus para apontar para o sacrifício de Cristo. Elas não se tornaram obsoletas porque Cristo morreu por nós.

Isso nos leva à conclusão de que o decálogo (os dez mandamentos) continuam em pleno vigor. Afinal, todo ele é constituído de mandamentos morais. Então, não se trata de legalismo lembrar aos cristãos que eles precisam cumprir os dez mandamentos (cuja a base deve estar fincada no amor). Quem disser que isso é legalismo, deverá condenar Paulo por ter dito que não entraria no céu quem se mantivesse desobedecendo estas leis.

Finalmente, quem está mais apto para falar sobre o assunto é o próprio Jesus, o Cristo. E ele diz o seguinte:

"Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra. Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo [pelos que estarão] no Reino dos Céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande [pelos que estarão] no Reino dos Céus. Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no Reino dos Céus" (Mateus 5:17-20).

Breves considerações sobre a lei I: sobre a "anomia"

Nenhum comentário:
Diz a primeira epístola de João: "Todo aquele que comete pecado transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei" (I João 3:4).

No original grego, a expressão que é traduzida como transgressão da lei é "anomia". A palavra "nomia" provém de "nomos" que significa lei. O prefixo "a" é um prefixo que indica negação.

Assim sendo, "anomia" é a desconsideração da lei, ou a negação da lei, ou ainda, a desobediência à lei. Viver em estado de anomia seria viver como se a lei não existisse. Por isso, costuma-se a traduzir anomia como transgressão à lei ou iniquidade, que tem um sentido semelhante.

Uma vez que a Bíblia nos alerta que não devemos viver em pecado, isso significa que não devemos viver como se não existisse lei. Devemos viver considerando que a lei existe. Em suma, há uma lei para ser seguida. Devemos andar na "nomia" e não na "anomia".

Mas que lei é essa? Alguns dirão que é o Novo Mandamento de Cristo: "Que vos ameis uns aos outros como eu vos amei". Há duas coisas a dizer sobre isso. A primeira é que só este mandamento não basta. Um indivíduo poderia tentar colocá-lo em prática, mas ignorar que também devemos amar a Deus. Apenas amar às pessoas não faz de ninguém um cristão, caso contrário, seria possível um ateu amoroso e altruísta ser chamado de cristão.

A segunda coisa a se dizer é que este mandamento é novo apenas no grau de amor que se requer. O Antigo Testamento já ordena que amemos ao nosso próximo. Jesus apenas aumenta a dose de amor. Então, o princípio é o mesmo: amar ao próximo. Só o grau é que difere. Cristo intensifica uma lei já existente.

Então, podemos dizer que a lei é o amor? Não exatamente. Na verdade, o amor é a razão da existência da lei. O amor gera a lei. E o que é a lei? A lei é um padrão de conduta baseado no amor e expresso na forma de mandamentos morais.

Resumindo: os mandamentos morais de Deus são a expressão da lei, que é um padrão de conduta baseado no amor. Que a nata desses mandamentos morais estão expressos no decálogo, isso é uma obviedade. Os quatro primeiros expressam a parte da lei que se baseia no amor a Deus. Os seis últimos expressam a parte da lei que se baseia no amor ao próximo.

A imutabilidade do decálogo é evidenciada tanto por seus mandamentos serem baseados inteira e diretamente no amor, como pelo fato de que todos eles, sem exceção, já estavam valendo no princípio da criação. Nenhum deles surgiu como uma necessidade civil contextual (que pudesse ser derrubada na chegada de outro contexto) ou como um ritual posterior à entrada do pecado no mundo (que prefigurasse algum aspecto da futura obra redentora de Cristo).

Portanto, esta é a lei que precisa ser seguida. E os seus mandamentos, que só existem em função do amor, só podem ser plenamente obedecidos se, de fato, houver amor no praticante. Sobre isto Jesus afirma: "Se me amais, guardareis meus mandamentos" (João 14:15).

A importância dessa mensagem é ratificada em Apocalipse 14: "Aqui está a perseverança dos santos: os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus" (Apocalipse 14:12).

Que o Espírito Santo de Deus possa aumentar em nós o amor por Jesus e nos ajudar a cumprir os seus mandamentos, a fim de que o preceito da lei se cumpra em nós, conforme prometido em Romanos 8:3-11. Amém!

Aquisição do Livro Supostamente Cruel, de Davi Caldas

Nenhum comentário:

Prezados leitores!

Aqueles que desejarem adquirir o meu livro "Supostamente Cruel", podem efetuar a compra entrando no site da editora Clube de Autores (clique ao lado e já entre direto na página do livro no site).

Supostamente Cruel é um livro que responde a uma série de perguntas embaraçosas sobre o caráter do Deus judaico-cristão - perguntas estas que são levantadas através da leitura de algumas passagens polêmicas do Antigo Testamento.

Não é cruel e imoral que Deus mate ou mande matar? Deus realmente favorece alguns em detrimento de outros? As ordens de Deus contidas no Antigo Testamento para o extermínio de alguns povoados de Canaã dão margem aos seres humanos para matar quem quiser em nome de Deus? Deus era mesmo favorável à escravidão, ao machismo e à xenofobia? Por que existe tanta brutalidade na primeira parte da Bíblia? O que mudou do Antigo para o Novo Testamento? E o que permanece? O Deus do Antigo Testamento é o mesmo Deus do Novo Testamento? A minha crença nesse Deus pode ser considerada moral e racional?

Primando sempre pelas respostas racionais, objetivas e que tenham respaldo bíblico, o escritor Davi Caldas responde estas e outras perguntas neste livro - Supostamente Cruel.