sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Você tem certeza de que vai votar no PT?

Você sabia que o PT é o fundador e integrante até hoje de uma afiliação internacional chamada "Foro de São Paulo"? Essa afiliação foi criada em 1990 com a finalidade de reunir vários partidos de esquerda da América Latina, juntamente com organizações revolucionárias terroristas e narcotraficantes como as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

E você sabia que chefes de estado esquerdistas participam regularmente das reuniões do Foro? As poucas pessoas que sabem disso costumam a dizer que o Foro é apenas um grupo inofensivo de debates. Mas você sabia que os integrantes desse Foro assinam atas e resoluções destas reuniões?

Aliás, a importância desse Foro é tão grande para seus integrantes que quando o Foro completou 15 anos, o sr. Luís Inácio Lula da Silva, então presidente do Brasil, fez um discurso (que chegou a constar na página oficial do governo) ressaltando a relevância do Foro na tomada de decisões e formulação de estratégias em cada governo esquerdista afiliado. Ele chegou a citar afirmar ainda que a eleição de Hugo Chávez na Venezuela muito se deveu ao que se confabulou no Foro (Ver: "Discurso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na celebração dos 15 anos do Foro de São Paulo").

Você sabia que apenas em 2005 o Foro proibiu formalmente a participação de organizações criminosas como as FARC? E você sabia que o sr. Lula já defendeu publicamente a ideia de as FARC se tornarem um partido político?

Você sabia que o PT é um partido de origem e orientação socialista e que, como todo bom socialista, simpatiza com qualquer país ou organização que odeie os EUA? É por isso que o PT não vê mal em dialogar com grupos terroristas islâmicos e governos autoritários mulçumanos. É por isso que a sra. Dilma Vana Rousseff manifestou extremo carinho e compreensão para com o Hamas quando o mesmo estava sendo atacado por Israel.

Você sabia que o PT é um partido que se originou baseando-se nas ideias de Antonio Gramsci? Sabe quem foi Antônio Gramsci? Foi um marxista italiano da primeira metade do século XX que pregava um novo tipo de revolução socialista. Ele acreditava que o melhor modo de os marxistas efetuarem chegarem ao poder e o manterem, a fim de garantirem a revolução, era através do alcance da hegemonia cultural. Em outras palavras, o partido deveria focar em fazer todas as pessoas pensarem e falarem dentro dos moldes marxistas e do partido. Na medida em que isso fosse se tornando parte da cultura, do cotidiano de cada um, do senso comum e do instinto, as ideias do partido se tornariam a suprema verdade e o mesmo se tornaria hegemônico. Para tal, toda e qualquer arma não-fisica era válida. Qualquer coisa que pudesse inculcar na cabeça das pessoas que o partido é bom e não pode ser tirado do poder poderia ser usado.

Antônio Gramsci, aliás, fez uma releitura da famosa obra "O Príncipe", de Maquiavel, onde ele dizia que o partido marxista deveria ser o novo príncipe. Assim, ele aplicava as regras de Maquiavel para a manutenção de poder ao partido, legitimando para o mesmo a ideia de que os fins justificam os meios. A ética de Gramsci funcionava assim:

1. Há um sumo bem;
2. Este sumo bem é a revolução, que criará um mundo perfeito;
3. O partido é o agente capaz de implementar a revolução;
4. Logo, tudo o que beneficiar o partido pode ser feito e justificado, pois é em prol do novo mundo.

Se olhar para o PT, verá que é isso o que rege suas más ações. Lula, por exemplo, confessou em uma palestra que citava números mentirosos só para ganhar simpatia (Aqui tem o vídeo: "LULA FALA MAL DO BRASIL, DIZ QUE MENTE E RI DAS MENTIRAS"). Os escândalos de desvio de dinheiro publico em que o PT está envolvido não são para meramente enriquecer o bolso de seus integrantes, mas para financiar campanhas do partido. Ou seja, faz parte do projeto de manutenção do poder.

Você sabia ainda que o PT era contra programas assistencialistas? O PT considerava isso esmola e uma forma de dominação da classe politica aos pobres. Mudou de ideia ao chegar ao poder. Você sabia que os primeiros programas de assistência foram criados pelo PSDB e que o Bolsa Família é apenas uma continuidade, união e ampliação de antigos programas como Bolsa Escola e Vale Gás? Você sabia que oferecendo o Bolsa Família para 11 milhões de famílias, propagandeando ser o criador da assistência e fazendo terrorismo mentiroso de que o PSDB irá acabar com o programa, o PT consegue mais de 15 milhões de votos?

Você está ciente de que o PT apoia governos que estão afundando seus países, como o de Nicolás Maduro, da Venezuela, que mantém o país com escassez de produtos e inflação? Aliás, o PT é amigo de políticas inflacionarias, tal como todo partido socialista. Afinal, fazer dinheiro é una maneira simples de o governo saldar dividas de empresas publicas deficitárias. Simples para o governo, mas terrível para o povo, já que é a inflação da moeda que gera o descontrole dos preços e a perda do poder de compra. Era o que ocorria no Brasil antes do plano real, que o PT votou contra na época. É o que está perigando ocorrer de novo, ainda que com menor intensidade.

Você sabia que a maioria dos grandes nomes do PT que lutaram contra o regime militar (incluindo a sra. Dilma), queriam implantar uma ditadura comunista? É o que confessa, por exemplo, o ainda hoje esquerdista e socialista Eduardo Jorge, neste vídeo: 

Você sabia que ditaduras comunistas levaram milhões de pessoas à morte em países como o Camboja, o Vietnã, a China, a Coreia do Norte e a URSS, por repressão e falhas em planos econômicos?

Você tem ciência de quantas mentiras o PT tem contado nestas eleições para vencer o PSDB? Por exemplo, a de que o FHC quebrou o Brasil três vezes, enquanto Lula saldou a divida com o FMI. A verdade é que FHC passou por quatro fortes crises internacionais que atingiram principalmente países emergentes. E em vez de recorrer a políticas inflacionárias para pagar dividas (algo que todos os governos anteriores faziam e que Lula faria em seu lugar), pegou empréstimo com o FMI, o que é muito menos pior para a população. Lula, por sua vez, quando resolveu pagar a divida com o FMI simplesmente vendeu títulos da divida para bancos brasileiros. Ou seja, ele saldou a divida com o FMI contraindo uma divida com bancos nacionais. Ele transferiu a divida externa para a interna. Só isso. Mas com um "detalhe": os juros nacionais são mais altos que os juros do FMI.

Outro exemplo de mentira: a de que o desemprego no Brasil é de 5%• Para se chegar a esse numero o IBGE usa uma metodologia totalmente falha, que considera como não desempregado até quem fez um bico na semana da em que foi entrevistado. Veja com seus olhos no site do IBGE:


É uma metodologia totalmente diferente da usada nos países europeus. O DIEESE, aliás, um instituto já antigo de pesquisa do Brasil, indica que o valor na verdade é de 10%. E pela metodologia europeia, seria mais de 20%. As seguintes leituras ajudam a entender melhor:


E por aí vai.

É realmente esse partido que você quer no poder? Um partido que acha que mentir para o seu bem é justificável, que tem um plano de se tornar hegemônico, que simpatiza com terroristas, ditadores e narcotraficantes, que discute estratégias e ações em um Foro com gente da pior espécie! É isso que você quer? Imagine esse partido conquistando a hegemonia que pretende! Imagina esse partido se tornando parte da cultura e da mentalidade da maioria dos brasileiros, incluindo até policiais, delegados e juízes! Imagina uma lei de controle de mídia nas mãos de um partido que alcança essa hegemonia! Tudo isso pode levar ao totalitarismo. Mas mesmo que isso nunca aconteça, você acha que um partido assim deve ficar no poder? Acha que um partido assim vai diminuir a horrenda taxa de 50 mil brasileiros assassinados todos os anos? Acha que esse partido vai conseguir limitar a corrupção? Acha que esse partido vai dar aos brasileiros a condição de andarem com as próprias pernas, sem a necessidade de um Estado-babá que toma conta de tudo, sufocando nossa autossuficiência?

Talvez você venha me dizer que o PSDB também tem um monte de erros. E tem mesmo! Tem corruptos, tem incompetentes, tem idiotas e tem um programa de governo falho em diversos aspectos. Mas não passa de um batedor de carteiras em comparação ao PT, que já é o traficante dono do morro e líder da facção.

14 comentários:

  1. É por isso.
    As razões que me levam a votar em Dilma Rousseff contra Aécio Neves são políticas, não pessoais. E entendo política como a capacidade humana de buscarmos soluções negociadas para divergências de interesses.

    A política é mais do que o senso comum repete o dia todo, por meio de análises superficiais das pessoas que navegam pelos mares da aparência evitando o porto da essência. A política não é apenas a ideologia e o partido político. Aliás, quando um ingênuo condena a "política" como algo nefasto ao analisar partidos deveria antes consultar um dicionário. Afinal, partidos representam,justamente,as "partes", e não o todo.
    Mas justiça seja feita, a ignorância política reinante tem muitos pais. Num país com precária tradição democrática, baixo nível de leitura e pobreza de fontes de notícias que levem o jornalismo a sério, a política acaba sendo noticiada, analisada e julgada por meia dúzia de "comentaristas políticos" com acesso a microfones e paginas impressas que alimentam milhões com as suas “verdades”. Os tais "comentaristas políticos" seguem alguns padrões. Jamais contrariam os interesses das empresas de informação em que trabalham. Acusam, julgam, condenam e debocham de todos, menos de seus pares. Sua pobreza conceitual e suas definições pobres a respeito do que vem a ser a política acabam por serem reproduzidas pelos miseráveis da leitura, da reflexão e do conceito.
    Na pobreza da análise política dos tais "comentaristas políticos" sobra a aparência. E a essência se esvai. Antes de comentaristas são mais palpiteiros, como este que, se não prima pela posse da verdade, ao menos se reconhece tal como é: mais um palpiteiro entre tantos.
    Por entender a política como a sofisticada capacidade humana de buscar o entendimento entre interesses opostos prefiro definir o meu voto pelo que os candidatos representam, não pelo que eles são, pessoalmente.

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  2. Porque voto em Dilma Roussef e não em Aécio Neves.
    No meu entendimento, Dilma Roussef e o PT representam, com todas as suas peculiaridades e imperfeições, uma plataforma social-democrata em que se busca corrigir as injustiças sociais pelas ações do Estado. Pessoalmente eu desejaria outro modo de produção, com valores fundamentados na justiça, liberdade, democracia, respeito e solidariedade. Mas essa sociedade não é real, no Brasil e nem fora dele. E entendo que meu desejo por outra sociedade não deve se sobrepor ao desejo do que outras pessoas, da mesma sociedade em vivo, desejam para si. Por isso entendo que preciso fazer concessões. E sim, negocio meu voto. Abro mão daquilo que eu gostaria que um governo fosse por aquilo que sei que posso ter. Dilma Roussef e o PT estão mais próximos dos trabalhistas ingleses, dos social-democratas alemães e escandinavos, dos socialistas franceses, italianos e canadenses, e dos democratas dos EUA, todos eles das décadas de 1950 a 1970.

    Aqueles partidos políticos souberam conduzir avanços sociais num contexto de crescimento econômico do seu tempo. Seus países se tornaram mais ricos ao mesmo tempo em que os serviços públicos melhoraram e a qualidade de vida avançou. Entendo que votar em Dilma Roussef e no PT não é a garantia de que possamos atingir no Brasil o que a Europa Ocidental, os EUA e o Canadá atingiram entre o pós-Segunda Guerra Mundial e a década de 1970. Mas sei que é uma chance, ainda que pequena, de tentarmos algo parecido, no nosso tempo e no nosso país. Ou seja, o melhor que podemos ter dentro das condições objetivas que temos no presente.

    Não é sonho, é uma proposta que, por ser uma aposta, pode estar correta ou não. Prefiro apostar nela e por isso voto em Dilma e não em Aécio Neves.

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  3. Porque não voto em Aécio Neves
    Minha recusa em votar e meu esforço para que outros não votem em Aécio Neves não é pessoal. Não é pelas acusações do uso abusivo de álcool e drogas, ainda que este assunto seja de interesse nacional pela natureza do cargo que ele deseja ocupar. Não é por isso.
    Também não voto em Aécio Neves pelas acusações, fundadas ou não, de que bateu numa ex-namorada, atual esposa. Não é por isso.
    A negação do voto a Aécio não se dá pela conhecida postura de sua irmã, Andréa Neves, que age como o verdadeiro cérebro de sua ação política. A Andrea Neves conhecida em MG pela sua influência na imprensa do Estado, que elimina adversários e suprime notícias desfavoráveis. Não é por isso.
    Optar por não votar em Aécio Neves no meu caso não se justifica pelo arco de apoiadores que ele conseguiu no segundo turno. Gente como o coronel Telhada da Rota e o ator Dado Dolabella, agressor de mulher condenado pela justiça, que afirmou que votar no PT é como ter ebola, não são importantes para a definição do meu voto. Não é pelo apoio que Aécio recebeu do Clube Militar, aquele que reúne velhos militares aposentados que em seus pijamas defendem a ditadura que prendeu, torturou, matou, esquartejou e ocultou cadáveres daqueles considerados "inimigos do povo brasileiro". Não é pelo apoio de gente como essa que não voto em Aécio. Não é por isso.
    A firme decisão de não escolher Aécio Neves não me aparece como a reação lógica de quem não concorda com o uso de rádios, TVs, jornais e revistas para um engajamento partidário que condena apenas um lado com sua cobertura negativa e minimiza o outro, com seu quase silêncio. Ver que a imprensa noticia - E DEVE noticiar - denúncias de erros do governo de Dilma Rousseff e do PT e que não trata com a mesma proporção os erros dos governos do PSDB não é a razão principal de minha preferência. Não é por isso.
    Aécio Neves e o PSDB representam uma proposta política e interesses diretos e indiretos aos quais eu me oponho. Na Europa Ocidental, nos EUA e no Canadá, os ventos neoliberais que sopraram na década de 1980 desmontaram muito do que eles construíram nas décadas anteriores.

    Programas sociais foram cortados ou diminuídos nesses países, em nome da maior eficiência do Estado e do discurso de que a contenção de gastos com pessoas estimularia os mais pobres a não se acomodarem com a ajuda do Estado.

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  4. Na Inglaterra, o funeral de Margareth Tatcher em 2013 foi simbólico a esse respeito. Na década de 1980, a "dama de ferro" com sua política neoliberal cortou tantos programas sociais que atingiu até a distribuição de leite para famílias pobres que tinham crianças. Jamais me esquecerei das cenas de seu funeral, quando a carruagem com seu caixão coberto com a bandeira do Reino Unido passava nas ruas de Londres, com muitas pessoas de costas a segurar um litro de leite. Em silêncio aquelas pessoas manifestaram sua indignação com a ex-primeira-ministra que partiu. Para onde, não se sabe.
    No Brasil, o PSDB já foi governo e adotou os princípios neoliberais que destroçaram programas sociais na Europa e nos EUA. O mais curioso foi ter essa postura num país em que jamais havia construído um estado de bem-estar social de modelo europeu. E foi curioso o governo de FHC: procurava-se cortar gastos sociais com a determinação europeia sobre serviços e programas sociais brasileiros que jamais tiveram padrão europeu.
    A proposta neoliberal seduz porque é simples. Defende-se que um Estado com menos gastos e um conjunto de leis favoráveis aos investimentos internos e externos conduza ao crescimento econômico. Tal crescimento gera empregos e diminui a obrigação do Estado com programas sociais, uma vez que o crescimento econômico geraria os empregos necessários para que as pessoas sobrevivam. O neoliberalismo é a promessa do sacrifício no presente para a colheita de benefícios no futuro. Você corta agora para ganhar mais depois. É uma proposta interessante, que na teoria se mostra muito lógica e coerente. Mas que a prática desmente.
    A prática Neoliberal na Europa mostra sua cara hoje. Países com elevados índices de endividamento, desemprego e baixo crescimento econômico, ainda que devidamente geridos pela política neoliberal. A Europa é um paradoxo interessante. Foi lá que o neoliberalismo nasceu e em muitos governos se instalou. E é lá que vemos, hoje, nos anos 2010, o estrago social e econômico que a crise de 2008 apenas escancarou.

    Na Europa o povo não está submetido às dificuldades que temos no Brasil. Mas indiscutivelmente eles vivem pior hoje do que viviam na década de 1970. A geração de jovens europeus dos anos 2010 tende a ter menos oportunidades de trabalho e prosperidade que tiveram seus avós. Quem quiser conferir que pergunte isso a um dos muitos europeus com menos de 30 anos que estão vivendo no Brasil hoje. Na Europa o povo vai mal, mas os bancos e as bolsas de valores vão bem. O desemprego é alto na Itália, mas a Fiat cresceu muito nos últimos anos. O crescimento alemão não é tão vigoroso, mas a Volkswagen tem fábricas na Índia e muitos negócios na China. E vai muito bem. Na Espanha o desemprego é aterrador, mas o Santander faz bons negócios dentro e fora do país, tendo o Brasil como um paraíso financeiro que pode ser ainda melhor para ele, o banco, com um governo tucano.

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  5. O Brasil neoliberal de FHC gestou a vulnerabilidade que expôs o país a diversas crises financeiras internacionais, como as de 1994 (Efeito Tequila), 1998 (Efeito Vodka) e 2002 (essa, por razões óbvias, prefiro chamar de Efeito FHC). O desemprego era alto, os investimentos em saúde e educação proporcionalmente mais baixos e as taxas de juros elevadas. Por aqui o povo também ia mal, pior do que na Europa, mas os bancos iam muito bem.
    O discurso neoliberal do PSDB defendia que o Estado não devia intervir na economia. Por isso pequenas e médias empresas não tinham tantas facilidades para créditos no BNDES. Mas havia crédito para a Ford Motor Company abrir fábrica na Bahia. Pouca gente se lembra, mas o BNDES concedeu centenas de milhões de dólares para "estimular" a Ford a montar uma fábrica na Bahia de Antonio Magalhães, o aliado de FHC que atendia pelo singelo apelido de "Toninho Malvadeza". Uma fábrica de uma transnacional americana que teve empréstimos a juros mais baixos para instalar robôs para produzir carros. O BNDES, rigoroso com pequenos e médios empresários, foi generoso para a Editora Abril, para a Rede Globo e para a Folha de São Paulo. Pouca gosta de lembrar, mas esses grupos de comunicação se modernizaram comprando equipamentos importados a juros camaradas do BNDES. O engajamento deles nas campanhas do PSDB não é ideológico, é empresarial. E isso seria legítimo, não fosse a hipocrisia de não informarem seus consumidores/leitores/vítimas da informação de que devem muito dinheiro para o BNDES e que também recebem muito dinheiro de governos tucanos por meio de anúncios publicitários. Dinheiro público, claro.
    O neoliberalismo do PSDB, defendido por Aécio Neves, abriu o capital da empresa de tratamento e distribuição de água de São Paulo, a Sabesp. A Sabesp, gerida pela busca do lucro, deixou de fazer investimentos e colocou o Estado de São Paulo na pior crise de stress hídrico da história recente do Estado. O PSDB de Alckmin negou a crise hídrica entre os meses de fevereiro e outubro de 2014. Mas muito antes das do primeiro turno de 2014 informou os investidores da Bolsa de NY que seus lucros seriam afetados pela falta d'água num futuro próximo. Os investidores venderam suas ações e se livraram dos prejuízos que uma empresa distribuidora de água teria com a falta do que distribuir. A mesma informação, antecipada aos investidores com papeis da Sabesp na Bolsa de NY, não foi dada à população do Estado de SP.
    O caso da crise da água em SP é, para mim, a síntese de tudo o que o PSDB e Aécio Neves representam, isto é, a política em favor de grandes investidores com prejuízos para a maior parte da população. E é por isso que não voto em Aécio Neves. É por uma opção política, não pessoal.
    É por isso.

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  6. Prezado comentarista,

    Você cometeu vários erros na sua argumentação.

    Você diz: “A prática Neoliberal na Europa mostra sua cara hoje. Países com elevados índices de endividamento, desemprego e baixo crescimento econômico, ainda que devidamente geridos pela política neoliberal. A Europa é um paradoxo interessante. Foi lá que o neoliberalismo nasceu e em muitos governos se instalou. E é lá que vemos, hoje, nos anos 2010, o estrago social e econômico que a crise de 2008 apenas escancarou”.

    Por neoliberalismo acredito que você queira dizer liberalismo econômico. A atual crise europeia não é causada pelo liberalismo, mas pelo inchamento do Estado de bem estar social, os gastos excessivos dos governos e às baixas taxas de natalidade. Deve-se lembrar que toda vez que o Estado de bem estar entra em crise, os países só conseguem sair dela aderindo à medidas liberais. Isso ocorreu com os países nórdicos entre os anos 80 e 90, por exemplo.

    Você diz: "Na Europa o povo vai mal, mas os bancos e as bolsas de valores vão bem. O desemprego é alto na Itália, mas a Fiat cresceu muito nos últimos anos. O crescimento alemão não é tão vigoroso, mas a Volkswagen tem fábricas na Índia e muitos negócios na China. E vai muito bem. Na Espanha o desemprego é aterrador, mas o Santander faz bons negócios dentro e fora do país, tendo o Brasil como um paraíso financeiro que pode ser ainda melhor para ele, o banco, com um governo tucano".

    E você quer me vender a ideia de que isso é culpa do liberalismo? Vocês são engraçados. Ora, o liberalismo nada faz pelos bancos ou pelas grandes empresas. É o intervencionismo estatal que mata pequenas e médias empresas com milhares de burocracias, regulamentações e altos impostos. Isso sufoca a concorrência, fazendo surgir monopólios. Afinal, só as grandes empresas sobrevivem a esse intervencionismo. Daí, esse mesmo intervencionismo econômico que mata a concorrência, usa o dinheiro dos nossos impostos para salvar grandes empresas da falência, para emprestar dinheiro a grandes empresários e para dar permissão, através do Banco Central, a que os bancos privados expandam crédito irresponsavelmente, o que gera inflação. Isso não é liberalismo, é intervencionismo. Por favor, não use essa página para mentir.

    Você diz: "Por aqui o povo também ia mal, pior do que na Europa, mas os bancos iam muito bem”.

    Não muito diferente do Brasil hoje, sob a gestão do PT. Os bancos continuam indo muito bem.

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  7. Você diz: “O discurso neoliberal do PSDB defendia que o Estado não devia intervir na economia. Por isso pequenas e médias empresas não tinham tantas facilidades para créditos no BNDES. Mas havia crédito para a Ford Motor Company abrir fábrica na Bahia. Pouca gente se lembra, mas o BNDES concedeu centenas de milhões de dólares para "estimular" a Ford a montar uma fábrica na Bahia".

    Quanta besteira!

    O BNDES é o maior símbolo do intervencionismo estatal que existe no Brasil. Já é ridículo, para o liberalismo, que existam Bancos Estatais. Um Banco Estatal que empreste dinheiro para empresas então é um cúmulo. No liberalismo, os impostos dos cidadãos jamais, em hipótese alguma, devem ser utilizados para financiar um banco público que ainda por cima empresta dinheiro à empresas. Se uma empresa quer um empréstimo, deve recorrer à bancos privados. Para um liberal, BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, nada disso deveria existir. Ninguém deve ser obrigado a financiar bancos e empresas com impostos.

    Você diz: “O neoliberalismo do PSDB, defendido por Aécio Neves, abriu o capital da empresa de tratamento e distribuição de água de São Paulo, a Sabesp”.
    O PSDB nunca foi liberal. Ele é um partido social-democrata. Social-democratas geralmente fazem algumas concessões ao liberalismo porque não há como criar um Estado de bem estar social se a economia está em frangalhos. Mas um social-democrata jamais abre mão de continuar intervindo na economia e na vida do cidadão. É por isso que a maioria das privatizações feitas pelo PSDB não foram completas (o Estado continuou sendo dono de boa parte das ações de várias empresas). É por isso que o PSDB não abriu totalmente o mercado para as telecomunicações. Em vez disso, criou a ANATEL, uma agência estatal que não serve para regular as empresas de telefonia, mas para criar um cartel, tornando extremamente difícil que outras empresas entrem no ramo para disputar. É por isso que o PSDB deu o ponta pé inicial para dificultar a compra de armas por cidadãos honestos. É por isso que o PSDB deu o ponta pé inicial para retirar das escolas e dos professores a autonomia, transformando-os em capachos do MEC. É por isso que o PSDB vive querendo ajudar grandes empresários. É por isso que o PSDB não reduziu a carga tributária, ao contrário, aumentou.

    Estado que intervém para ajudar grandes empresários através dos impostos do cidadão, é um Estado interventor. Nada tem de liberal.

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  8. O Brasil nunca sentiu o gosto do liberalismo. Estamos hoje na posição 122 no “Economic Freedom” (o ranking de liberadade econômica) dentre 178 países. E na posição 116 no “Doing Business” (o ranking que mede a facilidade de fazer negócios) dentre 189 países. Que liberalismo é esse?!

    Um governo realmente liberal, que aja conforme o liberalismo puro (o que nem existe hoje, há apenas quem se aproxime, como Singapura, Canadá, Japão, Coreia do Sul e etc.), iria acabar com pelo menos 20 dos 37 ministérios federais que temos hoje. À nível estadual e municipal acabaria com pelo menos 30 secretarias. Acabaria com as centenas de conselhos, com os milhares de cargos de gabinetes de políticos, acabaria com o BNDES e todos os bancos públicos, abriria o mercado de entrega de correspondência, de telefonia, de internet, de TV fechada, acabaria com o fundo partidário público (instituindo o autofinanciamento partidário), acabaria com a lei de incentivo à cultura (lei Rouanet); acabaria com o patrocínio de clubes de esportes, filmes, peças, shows de música e carnaval com dinheiro público, acabaria com o patrocínio de revistas, blogs e sites com dinheiro dos nossos impostos; acabaria com a pesadíssima burocracia para ser taxista ou para montar um negócio (hoje, no Brasil, você leva meses pra regularizar um negócio. Em países como Singapura, você regulariza em um dia ou dois); reduziria impostos sobre o cidadão e as empresas, e com o dinheiro que sobrasse (porque ia sobrar muito dinheiro, amigo. Há muita coisa pra cortar), iria investir em segurança, saúde e educação, reduzindo gradualmente os gastos na medida em que a sociedade tivesse condições de arcar com eles com o próprio dinheiro.

    O PSDB está muito longe disso.

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  9. Eu percebo que você jamais leu um livro de Friedrich Hayek, Ludwig von Mises, Frederic Bastiat e Milton Friedman. Não sabe o que é liberalismo. Ou então é um mentiroso mesmo.

    Votar no PSDB é apenas votar em um partido, atualmente, menos perigoso que o PT, e um pouco menos esquerdista. Mas o PSDB está há anos-luz do liberalismo. É um voto por mera falta de opção.

    No mais, aí vai um resumo do que o PT fez nesses 13 anos de governo:

    Mais sagaz que os demais partidos, resolveu usar a corrupção para se manter no poder (em vez apenas enriquecer seus políticos) e descobriu que tal estratégia poderia ser utilizada de maneira muito mais ampla que qualquer partido no passado já tivesse tentado. Assim, o PT comprou parlamentares, aparelhou as empresas estatais, desviou dinheiro público para financiar campanha, aparelhou parte do STF, triplicou o número de cargos comissionados enchendo os gabinetes de militantes, comprou urnas eletrônicas, criou o estatuto do desarmamento para deixar o cidadão desprotegido, utilizou o Bolsa Família como moeda de troca de votos, manteve altos impostos, burocracias e regulamentações, multiplicou o número de ministros e ministérios, cooptou o partido mais numeroso do Brasil (o PMDB), manteve o controle das universidades através dos DCEs socialistas, usou a CUT e o MST como tentáculos revolucionários, financiou militantes, manifestações, sites, blogs e revistas de esquerda com dinheiro de empresas estatais, contou (e muito) com a lei de incentivo à cultura (lei Rouanet) para conseguir apoio de artistas, aparelhou a Advocacia Geral da União, administrou o fruto de anos de doutrinação marxista nas universidades (podendo contar com advogados, jornalistas, juízes e professores fazendo militância grátis), usou o PSDB como artifício para criar uma ilusão de que existe partido oposicionista no Brasil; atraiu a confiança de empresários e banqueiros expandindo crédito irresponsavelmente através do Banco Central, derrubando taxas de juros artificialmente e inundando nossas reservas de dólares (o que gerou a inflação e a desvalorização da moeda que vemos hoje); colocou em pauta um projeto de regulação da mídia, criou o Humaniza Redes para fazer censura velada aos opositores do governo, usou e abusou do assistencialismo, maquiou déficits nas contas fazendo pedaladas fiscais, deu continuidade ao projeto do MEC de transformar as escolas públicas em centros difusores de pornografia e imoralidade, financiou Cuba e outras ditaduras, interferiu na politica de países latinos através do Foro de São Paulo, usou dinheiro privado de grandes empresas até se tornar grande para só depois apoiar a proibição do financiamento de campanhas por empresas, aumentou o fundo partidário (beneficiando a si próprio), está defendendo o retorno da CPMF e quer (junto com o PSOL e outros partidos socialistas) a desmilitarização das polícias de cada estado e a união de todas elas sob o comando central do governo Federal (a fim de tirar a autonomia dos Estados e meter chumbo em opositores do governo).

    Att.,

    Davi Caldas.

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  10. Creio que seja de opinião não apenas minha,mas também sua e de toda a população nacional que o Brasil precisa de algo parecido – não necessariamente igual - ao que foi construído na Europa,EUA e Canadá no período pós-segunda guerra mundial. Ou seja,uma retomada do crescimento econômico,melhoria significativa na qualidade dos serviços públicos e redução da desigualdade social,para que possamos nos tornar num país desenvolvido. Uma leitura mais distante no tempo irá nos mostrar que isso foi iniciado, ainda que de modo imperfeito, no governo Vargas, como as leis do salário mínimo e a CLT, por exemplo. A nossa fase democrática de 1950 a 1964, que muitos ainda insistem em rotular como “populistas”, estava nos levando a um estado de bem-estar social, com todas as justas ressalvas que se possa fazer. O golpe civil-militar de 1964 interrompeu tanto a democracia quanto os avanços sociais. Nossa constituição de 1988 retomou muitos dos princípios aos quais eu me referi, como as compensações do Estado para as imperfeições do sistema. Afirmo que qualquer que seja o presidente, terá que avançar na implementação desses direitos. Pelos motivos que eu expliquei acima,com Dilma/PT nós avançamos socialmente mais em menos tempo-ou pelo menos não pioramos tanto. Com Aécio/PSDB acredito que avançamos menos em mais tempo, uma vez que pelo menos sob o ponto de vista ideológico, Dilma Rouseff e o PT estão muito mais próximos do que o PSDB do que os partidos que promoveram o desenvolvimento naqueles países. Tanto que, comprovadamente, o PT fez muito mais no que diz respeito ao histórico da melhoria da qualidade de vida no próprio Brasil do que em relação ao PSDB.Desta forma,no mínimo por uma questão probabílistica –o PT melhorou muito mais a qualidade de vida no Brasil do que o PSDB e portanto temos mais chances de nos tornarmos desenvolvidos com ele no comando-o voto no PT se justifica para quem quer ter a maior chance de morar num Brasil melhor. Como eu disse,o melhor que podemos ter dentro das condições objetivas que temos no presente.

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  11. Recapitulando o histórico da presidência desde a redemocratização, quando Fernando Collor venceu a eleição, tinha um discurso claro: combater a corrupção, controlar a inflação e incluir os mais pobres, chamados por ele de "descamisados". Collor não cumpriu nenhuma das promessas. Foi afastado por nove anos da política. Quando FHC venceu sua primeira eleição em 1994 também tinha um discurso muito claro: controlar a inflação, reduzir o tamanho do Estado e abrir a economia para garantir o crescimento econômico que reduziria tanto a corrupção quanto a pobreza. O desemprego permaneceu elevado e a inflação foi controlada, ainda que em níveis elevados. FHC governou por 8 anos com índices de inflação acima de 7% ao ano, ou seja, maiores do que hoje. Mas indiscutivelmente os 8% de inflação do FHC eram menores do que os 100% do Sarney. Mesmo que parcialmente cumpriu sua promessa.

    Lula venceu a eleição em 2002 e 2006 prometendo acabar com a miséria. Quem percorrer o Brasil verá que a miséria ainda persiste. Mas um olhar mais atento e munido de um mínimo de dados confiáveis indicará que houve redução expressiva do número de miseráveis. Os mais pobres melhoraram de vida e isso é um fato, mesmo que abaixo do que o discurso petista evoca. Dilma foi eleita em 2010 e 2014 prometendo continuar o legado de Lula, e com sucesso, pois o número de pobres continua diminuindo no Brasil, apesar da crise econômica desde o começo desta década.

    E o PSDB de hoje, qual é o SEU discurso para o Brasil? Ser melhor que o PT e não cometer os erros do PMDB? Votar em alguém por que não se quer outros pode ser racional, mas pode não

    ser viável. O voto em PSDB encarna o voto do ódio e da rejeição, mas não o da esperança. Muitos, ouso eu dizer que a maioria, dos que decidiram por ele neste momento o fazem por acreditarem que evitam o pior, não por que desejam o melhor. Aécio e o PSDB não trazem nada de novo para a melhoria da qualidade de vida no país, ainda que digam isso. Um governo norteado pelas ideias das pessoas que o cercam é garantia de baixo crescimento econômico, desemprego e aumento desenfreado da desigualdade social, pois os bancos ganhariam muito dinheiro num cenário em que muitos perderiam seus empregos ou teriam seus salários reduzidos. E isto não é uma previsão apocalíptica ou uma pregação do medo. É um palpite fundamentado naquilo que JÁ OCORREU em outros países que implantaram as mesmas medidas: defende um Estado mínimo, eficiente, com gastos controlados e controle rígido sobre a inflação. Essa conversa tem data, nome e endereço. Chama-se "CONSENSO DE WASHIGNTON", foi formalizada nos EUA em 1989 e norteou vários governos pelo mundo afora na década de 1990. A promessa do Consenso de Washington é simples: aperte o cinto agora que a coisa melhora depois. No Brasil, esse aperto rendeu desemprego, desindustrialização e perda da capacidade do Estado agir de modo efetivo sobre a economia, promovendo crescimento econômico e emprego. Com isso, Aécio e o PSDB defendem uma plataforma social que foi derrotada politicamente no Brasil em 2002, com a eleição de Lula, e academicamente em 2008, quando da crise deflagrada nos EUA e Europa.

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  12. Por fim, muitas das pessoas que sonham com algo melhor para o Brasil veem em Aécio/PSDB a pessoa ou partido que seria capaz de oferecer esse melhor. Na verdade, são pessoas que personalizam a política, como se um país dependesse apenas de uma única pessoa ou partido para ser bem governado, o que não é verdade-principalmente no caso de uma República Federativa e de tamanho continental como o Brasil. São pessoas que não acompanham a política cotidiana, da câmara de vereadores da sua cidade ou da assembleia legislativa de seus estados. Muitas delas acreditam que o Congresso Nacional é uma instituição falida e que basta votar num "presidente ou partido melhor" que tudo se resolve. Com todo meu respeito, esse tipo de voto é, por definição, ignorante. E os eleitores ignorantes dificilmente assumem os erros que cometem nas urnas. Quer um exemplo disso? Collor teve 35 milhões de votos em 1989,ou 53% dos votos. E hoje, procure entre todos os 200 milhões de cidadãos de todas as 5570 cidades de todos os 27 estados do Brasil UMA ÚNICA PESSOA daquela época que hoje assuma o voto dado em Collor. Ninguém vai querer admitir isso, devido a péssima administração que Collor teve. Da mesma forma, a capital do estado de São Paulo elegeu um igualmente péssimo Maluf para prefeito em 1992 e um tal de Celso Pitta em 1996. Do mesmo modo, procure um único eleitor de Maluf e Pitta daquela época que hoje assuma essa posição. Quem quiser pesquisar hoje em dia terá a impressão de que Paulo Salim Maluf alcançou a prefeitura de SP por meio de um golpe, o que simplesmente NÃO é verdade. Ele foi sim O MAIS VOTADO para a prefeitura de SP em 1992!

    Então, meus amigos, perguntar não ofende: de todos aqueles milhões que votaram (ou que teriam votado) em Collor, Maluf e Pitta no passado, então quantos destes mesmos será que também votaram em Aécio em 2014? Ou que irão votar no candidato do PSDB em 2018?

    Como vimos acima, uma eventual vitória de Aécio em 2014/2018 seria uma garantia de oposição feroz de muitos de seus eleitores no futuro.

    Não costumo dizer uma coisa hoje e outra amanhã em relação a posições políticas, como fazem os ignorantes políticos. E é por isso meu voto foi para Dilma.

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  13. Prezado Comentarista,

    Não há como construir boa qualidade de vida numa nação sem uma economia relativamente livre e um ambiente favorável a se fazer negócios. As nações que possuem os melhores IDHs hoje são, não por coincidência, as nações mais livres do mundo economicamente e as que oferecem maior facilidade de se criar e manter negócios. O interessante da economia liberal é que ela é extremamente elástica, podendo incluir até mesmo aspectos do Estado de bem estar social. É o caso dos países europeus. Os países escandinavos, por exemplo, estão muito mais bem colocados nos “Economic Freedom” e no “Doing Business” que o Brasil, por exemplo, mesmo sendo Estados de bem estar social.

    O liberalismo é bom até quando está diluído em políticas de inchamento de Estado. E é apenas com um bom nível de liberalismo econômico que um Estado de bem estar social consegue se manter. Tanto é que sempre quando o Estado incha demais e entra em crise, países escandinavos saem da crise tomando medidas liberais.

    A capacidade do liberalismo de gerar bem estar não é mera opinião pessoal. Pegue os 15 primeiros países desses dois rankings que te falei. Todos eles têm ótimos IDHs. Agora, eu te desafio a pegar um país que tenha conseguido gerar bem estar para a maioria esmagadora de sua nação, mantendo-se depois da centésima posição nesses dois rankings. Você não achará.

    Não foi o liberalismo que causou desemprego e problemas no Brasil na época de FHC.

    O Brasil nunca esteve bem colocado nesses rankings. Ele nunca foi um dos melhores países para se atrair investimentos estrangeiros ou para o próprio brasileiro começar do zero e criar um bom negócio. Ora, então não há como fazer milagre. Se a economia não gira, se não há facilidade para se criar empresas (e, portanto, empregos) é óbvio que vai haver desemprego. As privatizações feitas pelo PSDB não mudaram este quadro.

    Não estou negando aqui a importância de direitos trabalhistas. Não é o intuito. Como eu falei, o liberalismo é elástico e pode comportar até um Estado de bem estar social, se o arranjo for bem feito. O Canadá, por exemplo, é um dos países mais liberais do mundo, mas também possui uma rígida lei trabalhista. Posso aceitar que alguém diga que o liberalismo precisa ter uma face social. Existe a doutrina do social liberalismo, aliás. Concordo com um tanto dessas ideias. Por exemplo, sou a favor dos vouchers para crianças pobres, ideia criada pelo consagrado liberal Milton Friedman. Agora, ouvir alguém dizer que é o Estado o responsável por gerar bem estar social é dose. O Estado sozinho não faz absolutamente nada.

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  14. Sobre a questão da miséria, dois pontos precisam ser elucidados aqui. Primeiro: no capitalismo a miséria tende a reduzir. Mesmo em um país com um nível de capitalismo muito pequeno, extremamente diluído pelo estatismo, ainda assim é possível existir redução gradual da miséria. Na época do FHC a miséria era grande. Mas era menor, proporcionalmente, que a miséria nos anos 20. Em boa parte, portanto, a redução da miséria no período do PT se deve a essa tendência natural. Ressalta-se ainda que entre 2003 e 2006 o Brasil se aproveitou de um cenário mundial favorável para os países emergentes, e com uma moeda estabilizada (herança do PSDB), pôde conduzir a economia sem problemas.

    Este cenário favorável possibilitou ao PT implementar uma política de expansão irresponsável de crédito, a fim de impulsionar ainda mais a economia. Toda vez que se expande crédito assim, num primeiro momento, a economia dá um boom, pois os juros são derrubados, o banco empresta dinheiro para todos e muitas empresas conseguem financiar seus projetos. Isso gera empregos e as pessoas começam a consumir mais No entanto, essa expansão cria uma distorção na economia que, em alguns anos, começa a se revelar. O resultado dela é aumento da inflação e desvalorização da moeda. É o que os liberais dizem há décadas. E é o que estamos vendo hoje.

    Em segundo lugar, quem define o que é um miserável é o próprio governo. Grande parte do recuo da miséria se deve a mera arbitrariedade estatística. Define-se um teto (bem baixo) para se considerar alguém miserável. Qualquer pessoa que passe a receber um real a mais que esse teto, já é considerado, estatisticamente, alguém que saiu da miséria. Muitos dos que supostamente saíram da miséria, na verdade continuam nela. Melhoraram um pouco sua condição de vida, mas não o suficiente para se dizer que vivem dignamente. No entanto, entram na estatística como pessoas que saíram da miséria.

    Acho engraçado você dizer que liberalismo gera desemprego e que o intervencionismo resolve crises. Você ignora casos como, por exemplo, o do presidente americano Warren G. Harding. Entre 1920 e 1921 os EUA entrou em uma grande crise e o desemprego saltou de 4% para 12%. O que Harding fez? Cortou gastos governamentais quase pela metade, reduziu impostos, reduziu a dívida pública em 33% e o FED pouco interviu na economia. Resultado? O desemprego recuou para 6,7% em 1922 e para 2,4% em 1923. Quando uma economia é sólida e liberal, a tendência é o desemprego cair e a qualidade de vida aumentar. Isso não exclui possíveis arranjos mais sociais, que garantam condições para quem ainda não as tem.

    Sim, eu votei no Aécio. Não porque ele represente uma boa opção. Votei nele para enfraquecer o PT e dar tempo para criar, através de conscientização, uma mentalidade mais liberal em economia no Brasil (e mais conservadora em política), a fim de poder levar ao poder um presidente de direita. Meu candidato para 2018 não é o Aécio. É o Jair Bolsonaro.

    Att.,

    Davi Caldas.

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