segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

20 verdades históricas inconvenientes

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Resolvi selecionar 20 verdades históricas inconvenientes. É aquele tipo de verdade que irrita muita gente porque contraria suas ideologias. Essa gente tem o péssimo hábito de tentar moldar à realidade às suas ideologias, em vez do contrário. Talvez por isso, as verdades aqui expostas não sejam muito propagadas. Seus professores de história, geografia, filosofia, sociologia provavelmente não te ensinaram isso, aliás. Então, estou fazendo minha boa ação do dia. Lá vai:

1) Hitler era contrário ao marxismo por uma razão apenas: ele entendia que tal doutrina era um embuste criado por judeus para destruir os Estados nacionais, prostrando o mundo todo diante do que ele chamava de Capitalismo Internacional Judaico. Para Hitler, o verdadeiro socialismo não poderia se desfazer do conceito de nação ou de raça. Isso valia não só para a Alemanha. Ele elogiava o regime fascista italiano por valorizar seu próprio povo. 

Tanto Hitler como Mussolini fizeram o mesmo que Stálin: perceberam a força do sentimento de nação para agregamento social e do próprio conceito nacional para melhor administração da sociedade. Ademais, seria muito mais fácil fazer uma nação grande e por meio dela conquistar o mundo todo, do que tentar dominar o mundo todo sem uma nação central que conduzisse o processo. 

Friedrich Hayek (Nobel em Economia em 1974) já explicava, do ponto de vista econômico, nos anos 40, que o socialismo internacionalista tende a se tornar nacionalista depois que se instaura. Essa tendência só irá mudar um pouco na história com a introdução do conceito de multiculturalismo na política e a infiltração do progressismo na ONU, os quais habilitaram a mesma a se tornar uma entidade promotora do enfraquecimento dos Estados nacionais. O projeto nacionalista e o internacionalista de domínio mundial só se diferem na estratégia utilizada. A finalidade é a mesma: a promoção de um órgão central que controle o mundo todo.

2) Benito Mussolini foi, durante boa parte da vida, um marxista ortodoxo. Escreveu para jornais socialistas e foi integrante do Partido Socialista Italiano (PSI). Começou a se afastar da ortodoxia marxista ao perceber que a guerra imperialista poderia ser interessante para os propósitos socialistas. Influenciado por doutrinas de esquerda heterodoxas, como o sindicalismo de Georges Sorrel, percebeu que combater o conceito de nação era contraproducente e que algumas ideias populares, ainda que míticas, poderiam ser servir de força motriz para movimentar as massas. Usando de pragmatismo, também percebeu que o Estado jamais seria derrubado e que o capitalismo, em vez de destruído, poderia ser controlado pelo governo, o que era muito mais viável. Assim, surgiu o fascismo italiano.

3) Nazismo e fascismo foram movimentos antiliberais (em economia) e progressistas (em política) desde sua origem e não é de hoje que intelectuais de renome perceberam as relações íntimas entre esses dois movimentos e o socialismo marxista. Dentre mais antigos e mais novos autores, podemos citar autores do calibre de Ludwig von Mises, Eric Voegelin, Murray Rothbard, Friedrich Hayek, Hannah Arendt, Ernest Nolte, Joachim Fest, Anthony James Gregor, Helmut Fleicher, Klaus Hildebrand, Andreas Hillgruber, Rainer Zitelmann, Hagen Schulze, Thomas Nipperdey, Imanuel Geiss, Robert Gellately, Richard Overy, Jonah Goldberg, Erik Norling, Zeev Sternhell, Mario Sznajder, Maia Asheri, Erwin Robertson e etc.

4) Winston Churchill (primeiro ministro britânico entre os anos de 1940-1945 e 1951-1955) foi um dos maiores conservadores políticos do mundo. E também foi um dos mais ferrenhos opositores ao fascismo e o nazismo.

5) Marx e Engels defendiam o armamento do proletariado para derrubar a burguesia. Após chegarem ao poder, os ditadores marxistas se empenharam em desarmar seus povos. O regime militar no Brasil não desarmou a população.

6) O islamismo já surgiu, nos anos 600, como uma religião de guerra, que prevê o domínio mundial por meios bélicos. Se difere em sua raiz, portanto, do cristianismo, que surgiu e se expandiu como um movimento pacifico, e também do judaísmo, que surgiu num contexto histórico de guerras, porém jamais teve pretensões de dominação mundial e imposição de sua teocracia em todos os paises. O que o islamismo faz hoje através de seus governos teocráticos e seus grupos extremistas é apenas continuação do que se iniciou nos anos 600. Toda a historia do islamismo, desde o inicio, é uma historia dr invasões e dominações.

7) A escravidão foi comum no mundo inteiro por milênios e, na maior parte desses milênios nada tinha a ver com cor de pele. Foram os princípios judaico-cristãos que começaram a humanizar gradualmente os escravos ao longo dos séculos até chegar o momento em que vários setores da sociedade começaram a clamar pelo fim da prática. Em geral, os países que mais tempo praticaram a escravidão foram os não-cristãos. Quando os europeus iniciaram expedições marítimas, tribos africanas que mantinham a prática em voga passaram a vender seus escravos de guerra aos navegantes da Europa. O resultado foi o incremento da escravidão em terras cristãs. E, uma vez que esses escravos comercializados eram negros, tornou comum no ocidente identificar escravidão à etnia africana e a cor negra. O racismo surge por conta disso e é algo novo na história do mundo.

8) O cristianismo foi o grande responsável pelo avanço da ciência e da filosofia no mundo, pois popularizou o pressuposto de que um Deus racional criou leis fixas pelas quais a natureza funciona. Não fosse pelo cristianismo, o mundo provavelmente permaneceria trilhando pelas crendices politeístas irracionais, nas quais elementos da natureza como o sol, a lua, a chuva, os mares e etc. eram deuses ou atendiam aos desejos arbitrários de deuses. Lembre-se que Sócrates procurou estabelecer o mesmo pressuposto séculos antes e acabou sendo condenado. O mundo pagão não era muito racional. 

9) O Brasil não passou apenas pelo golpe de 1964. Antes dele houve o golpe de 1937, dado por Getúlio Vargas, que se tornou um ditador, implementou censura, criou um Estado policial e perseguiu opositores. Antes ainda, houve o golpe militar de 1889, que derrubou a monarquia de maneira de maneira ilegítima, iniciando uma república instável, corrupta e repleta de microgolpes. A República brasileira, desde sua concepção, é ilegítima. 

10) Em 1964, a maioria dos grupos políticos, tanto de direita, quanto de esquerda, não tinham muito apreço pela resolução dos problemas dentro da normalidade institucional. Seguindo a cultura brasileira de golpes e autoritarismo que nasceu com a República, os grupos que se opunham apenas esperavam uma brecha para implementar seu próprio projeto autoritário de governo. Em um contexto de plena guerra fria, a URSS tinha claro interesse em transformar o Brasil num país comunista (o maior das Américas), bem como os EUA tinham o claro interesse em não permitir isso. Os militares que forçaram a saída de João Goulart em 1964 impediram um muito possível e provável avanço dos comunistas neste projeto de poder. Mas também iniciaram um regime militar desnecessário e que traiu muitos dos que apoiaram a intervenção como solução cirúrgica. 

11) Apesar de ter sido autoritário, o regime militar não possuiu características plenas de ditadura. Seu modelo foi um híbrido entre democracia e ditadura, um tanto brando quando comparado às ditaduras comunistas e à ditaduras mais à direita, como a chilena, de Pinochet. Não houve um ditador supremo, mas cinco presidentes, cada qual cumprindo o seu mandato. Cada um dos cinco possuía visões distintas, sendo dois de linha dura e três favoráveis à reabertura democrática. Os dois últimos deram contribuições para desmanchar o regime. Havia dois partidos: o do governo (ARENA) e o da oposição (MDB). Por algum tempo, houve eleições para governadores e foi comum o partido de oposição ao governo vencer. O governo não recolheu as armas dos cidadãos. O número de mortos pelo regime, durante 21 anos, gira em torno de 500 pessoas, das quais boa parte era composta de terroristas com projetos totalitários de poder. 

12) Os regimes comunistas mataram, juntos, cerca de 100 milhões de pessoas durante o século XX, o que é amplamente reconhecido e documentado. Alguns países do Leste Europeu consideram os regimes comunistas tão totalitários e terríveis quantos os regimes fascistas e nazistas.

13) Há diversos fatos históricos comprovados sobre Jesus. Ele realmente existiu, foi um judeu, foi condenado a uma cruz, sua tumba foi encontrada vazia, diversas pessoas alegaram tê-lo visto, os primeiros cristãos acreditavam na ressurreição e os mártires cristãos morreram afirmando serem testemunhas do que pregavam. Tais fatos são históricos porque passam pelos testes comumente de historicidade comumente utilizados pelos historiadores, tais como: multiplicidade de fontes, multiplicidade e antiguidade de manuscritos, relatos com contextos detalhados, relatos que causaram prejuízos aos seus autores, comprovação em fontes não cristãs, comprovação de fontes inimigas, etc. 

14) O Novo Testamento é o livro que mais possui documentos manuscritos antigos no mundo. São cerca de 5700 cópias. O segundo lugar pertence à obra Iliada, de Homero: cerca de 640 cópias. O Antigo Testamento possui cópias antigas preservadas que datam de até 300 anos antes de Cristo, bem como alguns fragmentos mais antigos. O que lemos em nossas Bíblias hoje é a mesma mensagem que os judeus liam no primeiro século (e antes, no caso do Antigo Testamento). 

15) Os primeiros cristãos eram judeus e conversos gentios ao judaísmo que frequentavam sinagogas aos sábados e mantinham diversos hábitos judaicos. Pelo menos nas primeiras quatro décadas após a morte de Jesus, o cristianismo não era encarado como uma religião diferente, mas como uma vertente do judaísmo. O panorama mudou gradualmente e as primeiras separações mais sérias e evidentes ocorreram após o ano 70 d.C. 

16) A Revolução Francesa matou cerca de 50 mil pessoas por repressão só entre os anos de 1793 e 1794, no chamado Período do Terror. Após muito sangue derramado, perversões públicas e instabilidade política, durante uma década, a Revolução terminou com a subida de Napoleão Bonaparte ao poder, muito mais poderoso do que os tradicionais absolutistas. A Revolução Francesa deu em nada, no fim das contas. 

17) O capitalismo trouxe ao mundo uma riqueza jamais vista nos séculos passados, fazendo com que tanto pobres quanto ricos em diversas partes do mundo tivessem acesso aos mesmos produtos (embora os produtos dos ricos sejam melhores). Assim, podemos ver ricos e pobres com computador, internet, televisão, rádio, celular, chuveiro quente, água encanada, microondas, liquidificador, carro e, principalmente, alimento. Os níveis de miséria se reduziram drasticamente com o advento do capitalismo. E se ela persiste ainda hoje é justamente porque há lugares em que simplesmente não há capitalismo. 

18) Os maiores capitalistas do mundo geralmente são anticapitalistas. Muitos deles alcançaram o lugar onde estão através não do livre mercado, mas de conchavos com o governo. Outros gozaram realmente do livre mercado e de suas capacidades empreendedoras, mas ao chegarem no topo, perceberam que não é mais conveniente defender essa liberdade econômica (pelo menos não para todos). Afinal, se eles chegaram ao topo, alguém pode chegar também e tirá-los de lá. Assim, esses bilionários frequentemente se convertem em "metacapitalistas", homens que desejam Estados fortes, que controlem a economia e o mantenha no topo. Alguns desses, como George Soros, vão mais além, abraçando ideologias de esquerda e promovendo-as através de seus investimentos. 

19) O primeiro movimento feminista, chamado também de primeira onda, era composto por muitas mulheres religiosas e conservadoras. Elas lutavam contra abusos e desejavam dignidade civil/humana. Aos poucos, o secularismo e o progressismo foi tomando conta do movimento e deixando de atender aos interesses de todas as mulheres, tornando-se meramente um braço da esquerda. Hoje o feminismo se converteu em uma caricatura feia e distorcida do que já foi e só mostra interesse em defender pautas de esquerda e mulheres de esquerda.

20) Não há evidência histórica de que o ser humano pode construir um paraíso na terra, varrendo toda imperfeição do interior dos seres humanos. Em milênios de história, a humanidade testemunhou uma constante e incessante imperfeição mundial e tudo permanece igual nos dias de hoje. A crença de que o progresso tecnológico, a razão e a aquisição de conhecimentos trariam também um progresso moral e um mundo cada vez mais perfeito continua a ser refutada todos os dias. Não há relação entre progresso científico, filosófico e tecnológico com o progresso moral. E se todos permanecem fadados à imperfeição, crer que imperfeitos trarão a perfeição é como crer em Papai Noel.