quinta-feira, 9 de junho de 2016

O Estado inchado e a mais-valia estatal

5 comentários:
Justamente por ser serviço público (pago com o nosso dinheiro independentemente de querermos ou não), funcionários públicos não deveriam gozar da chamada "estabilidade". Estabilidade nada mais é do que um convite à ineficiência. É evidente que nem todos aceitam esse convite. Mas é uma forte tentação não dar o seu melhor (ou até mesmo dar o seu pior) em uma função porque você jamais será demitido por ineficiência. Da mesma forma, justamente por ser serviço público, funcionários públicos não deveriam receber altos salários, à exceção de médicos, enfermeiros, professores e outros cargos que exigem bastante da pessoa. 

Não entra na minha cabeça, por exemplo, que um funcionário do INSS ganhe mais de oito mil reais por mês para desempenhar um serviço burocrático, administrativo, que não requer muito esforço, nem criatividade, que se repete todos os dias. O mesmo tipo de serviço feito por este tipo de funcionário é o que tantos outros funcionários em empresas privadas fazem recebendo em torno de mil reais (como eu, por exemplo). Concordo que mil reais é pouco e esse pouco só demonstra o quanto nossa economia é pouco competitiva e repleta de entraves governamentais que dificultam a elevação dos salários e do padrão de vida. Por outro lado, mais de oito mil reais para um funcionário de serviço burocrático e público, no contexto em que vivemos, levando em conta que professores não recebem nem dois mil reais mensais, é alto demais. Se o tal funcionário ganhasse este salário no setor privado, ok! Quem paga o salário de um funcionário privado são os clientes da empresa privada. Os clientes de uma empresa privada compram o que ela produz se quiserem. Ou melhor, se tornam clientes se quiserem. Mas no caso de um funcionário público, não há para onde correr. Nós pagaremos pelo trabalho dele ainda que seja alto, ainda que não valha o que ele produz, ainda que não queiramos. 

É um absurdo também essa cultura concurseira do Brasil. Aliás, o próprio nome "concurseiro" já me causa arrepios. Pergunte a um concurseiro por que ele gasta parte de sua vida estudando para concursos e fazendo três, quatro concursos por ano. Ele responderá: "Porque quero um emprego com salário alto, estabilidade e que não me cobre muito". Ok, todos querem isso. Mas perceba que se essa oferta é feita por uma instituição pública, o povo está sendo lesado. Estamos pagando altos salários para cargos que não exigem nenhuma habilidade incrível, que não produzem nenhum enorme benefício para a sociedade e que serão ocupados por pessoas que não poderemos cobrar eficiência e que jamais poderão ser demitidas. Enquanto isso, cargos cujo trabalho é árduo e dos quais a sociedade depende muito, não possuem remuneração semelhante.

Geralmente escrevo textos falando sobre o poder do Estado, que é traduzido em dinheiro, regalias e facilidades para os políticos. E é comum debatermos formas de reduzir esse poder. Mas a questão é: assim como não é interesse da maioria esmagadora dos políticos reduzir o próprio poder, também não é do interesse de muita gente honesta do povo reduzir também as regalias públicas que estão disponíveis para disputa. Não falo de assistência. Bolsa Família, Fies, Bolsas para universitários carentes ou o que o valha não são regalias, mas formas provisórias de ajudar pessoas sem condições que vivem em um país de economia ridícula. Ok. Nisso não se deve mexer. No entanto, é regalia sim trabalhar sem ter eficiência cobrada, poder faltar e atrasar sem praticamente nenhum risco de ser demitido, e ainda garantir um salário altíssimo, não condizente com as obrigações do cargo e com o serviço que presta.

Alguém me dirá: "Você diz isso porque não se matou para passar num concurso público e passou. Se estivesse num serviço público, ganhando bem e gozando de estabilidade, não pensaria assim". Aqui se pressupõe duas coisas: (1) não valorizo o esforço de uma pessoa para passar num concurso e (2) sou hipócrita, pois na posição de funcionário público eu não quereria abrir mão dos benefícios. Para a primeira questão, respondo: é claro que sei reconhecer o valor de quem se esforçou e passou em um concurso. Mas passar em um concurso não implica tornar-se um funcionário exemplar e produtivo. Para a sociedade, que paga este funcionário, o esforço dele no concurso é irrelevante; o que a sociedade quer é que ele, após ter sido aprovado, dê o seu melhor. E isso, uma boa nota num concurso não garante. Na hipótese de eu me matar de estudar e passar em um concurso, não vou deixar de pensar que meu esforço pessoal para conseguir boa nota na prova é inútil para a sociedade. A minha utilidade estará apenas no serviço que eu prestar, o que nada tem a ver com a nota que tirei para estar ali.

Para a segunda questão, digo o seguinte: não, não sou hipócrita nesse sentido. Do ponto de vista pessoal, é óbvio que não posso discordar do quão bom é ter um emprego público com salário alto e estabilidade. Mas, do ponto de vista da sociedade, que paga esses salários e espera um bom desempenho, isso não é bom em razão dos problemas já elencados acima. E mesmo se eu me tornasse funcionário público continuaria achando isso. Eu posso, por uma questão de dificuldade econômica (já que nosso país é uma bosta) prestar um concurso almejando um alto salário para resolver os problemas meus e da minha família. É licito. Não há nada que me impeça. E já que o Estado me tira dinheiro para oferecer hospitais públicos ruins, escolas públicas ruins, segurança pública ruim e até para pagar o peido de políticos, não vejo razão para não pleitear, dentro do que nossa famigerada lei oferece, algum trabalho que me reembolse essa grana perdida. Entretanto, não é esse o modelo que julgo saudável para o país. Enquanto o Estado for uma fábrica de dinheiro fácil para determinados cargos e classes, será muito difícil sair da lama. 

O povo brasileiro se acostumou a enxergar o Estado como um ente autônomo, que tem dinheiro próprio, e que possui eficiência inerente. Esquece-se que o dinheiro do Estado vem de nossos impostos e que dinheiro fácil não cria eficiência. Para pagar altos salários e benefícios para quem pouco produz, nem é cobrado, é preciso que aqueles que muito produzem e muito são cobrados trabalhem ainda mais e recebam ainda menos. 

Karl Marx falava da mais-valia no setor privado. Teorias econômicas posteriores provaram os erros dessa concepção. Mas, no Brasil, podemos dizer que há uma enorme mais-valia estatal. Trabalhamos para nos sustentar e para sustentar gastos supérfluos e desnecessários do Estado, do mais alto ao mais baixo escalão. Para as coisas realmente importantes, não sobra dinheiro.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Reflexões sobre o sexo humano

2 comentários:
Os dois estupros coletivos que ficaram famosos nos últimos dias levantam uma questão bastante importante: por que o estupro é algo que incomoda tanto a maioria esmagadora das pessoas? Por que é considerado algo tão hediondo pelas sociedades humanas em geral? Minha intenção não é contradizer esse senso moral. O estupro realmente é abominável, concordo e ratifico. Mas por quê? Note que entre os animais, por exemplo, estupros fazem parte do cotidiano. É coisa bastante normal. E, até onde sabemos, as fêmeas não ficam psicologicamente abalada após sofrerem tentativas de cópula forçada com algum macho que nunca viu na vida. Tampouco outros machos parecem se importar com o comportamento de seu colegas de espécie. Por que, para os animais, o sexo forçado e com um estranho, não incomoda tanto, não é abominável, não possui o mesmo significado que para nós, humanos?

A resposta é simples. Para o ser humano, a relação sexual não é uma atividade qualquer. Há na relação sexual uma seriedade, uma sacralidade, uma relevância que não existe em atividades comuns do cotidiano. O sexo humano vai muito além de uma mera troca de fluídos corporais, de um mecanismo físico para gerar filhos, de uma atividade prazerosa. Ele requer intimidade, uma intimidade que não se limita ao nível físico, mas à todos os níveis do relacionamento humano. É uma união não apenas de dois corpos, mais de duas mentes, de duas psiquês, de dois espíritos, de duas almas. É o complemento, o selo, a cobertura de todo um processo de conhecimento, de apoio mútuo, de confiança plena, em suma, de amor.

O sexo humano não é algo banal, algo que tenha sido projetado para se fazer com qualquer um, a qualquer hora, em qualquer lugar. Tanto não é que sabemos distinguir as coisas. Você está andando na rua e, de repente, uma pessoa que você não conhece passa por você e aperta a sua mão. Estou certo que isso não o abalará psicologicamente. A maioria das pessoas apenas acharia isso estranho. Algumas levariam um pequeno susto. Mas ninguém carregaria essa lembrança com dor e sofrimento por anos e anos. Aliás, não é preciso muito para que aceitemos um aperto de mão de alguém ou até um beijo no rosto. Em culturas mais abertas, como a do Brasil (sobretudo, a carioca) beijamos no rosto até quem conhecemos há cinco minutos. E um beijo roubado, na boca, por mais desagradável que possa ser para quem não queria beijar, jamais será tão horrível quanto um estupro. Preferimos apertar a mão de um mendigo visivelmente sujo à fazer sexo com alguém com quem não queremos ter esta relação. Por quê? Porque sexo não é uma atividade qualquer.

Aqui nos encontramos em uma encruzilhada. Se por um lado todos parecem concordar que o sexo humano é algo tão sério e íntimo que transforma o estupro em ato hediondo (e que fere com profundidade as emoções da pessoa violentada), por outro lado, boa parte da sociedade enxerga (e prega) que sexo não é algo solene e sacro, mas corriqueiro e profano como praticamente quaisquer outras atividades. Uso as palavras "sagrado" e "profano" aqui não no sentido religioso, mas no sentido de relevância ímpar, que requer observação mais respeitosa.

Para estes que veem o sexo com olhos profanos, tal atividade não requer nada mais que pessoas interessadas em praticá-la. Não se enxerga aqui necessidade de vincular o sexo ao amor, ao casamento, à fidelidade conjugal, ao companheirismo, à paciência para com o outro, à intimidade não-física. O sexo humano aqui é rebaixado ao animalesco, com a diferença de que, como seres racionais podemos evitar o fim último do instinto sexual: a procriação. Nesta concepção, não há sacralidade no sexo, tal como não há sacralidade em puxar assunto com o jornaleiro ou comer pizza com um amigo. É coisa boba, comum, que não exige responsabilidade ou sentimentos nobres. Uma diversão como outra qualquer.

Sexo casual, sexo com diversas pessoas ao longo da vida, sexo entre adolescentes, sexo com parceiros temporários... Em todas essas modalidades falta algo de humano na relação sexual, algo que nos distingue dos animais, algo que faz o sexo ser realmente distinta das demais atividades, não apenas em grau de satisfação, mas em natureza, em essência. Aliás, essa é a diferença entre o sagrado e o profano. Pode-se comparar comer chocolate a comer queijo e cada um dirá o que, para si, é melhor em grau de satisfação. Mas não se pode comparar comer chocolate a fazer uma oração a Deus. A diferença não está no grau de satisfação, mas na natureza distinta das duas coisas. Orar é melhor não por grau; é melhor não porque, na mesma lista de atividades comuns, está acima de comer chocolate; é melhor porque está em outra lista, uma lista sagrada. Não há chocolate na lista sagrada. As modalidades elencadas acima não contam com essa diferenciação.

Um colega meu mora com uma moça. Vivem como casados, mas não o são no papel. Não o são porque não desejam fazê-lo. O que essa aliança está dizendo, na prática, é que existe a possibilidade de um dia de haver rompimento. Preferível é para eles não criar burocracias que venham atrapalhar este possível rompimento futuro. Ora, evidentemente, casamento não é a mera assinatura de um papel perante o Estado. Casamento é uma aliança eterna e incondicional firmada entre um casal, a qual não vê problemas em formalizá-la perante o Estado, à Igreja e quaisquer outras instituições, já que a hipótese de rompimento é desconsiderada pelos cônjuges. E é este o ponto: fora do casamento, o sexo perde sua sacralidade. Ainda que no interior de uma relação semelhante a um casamento e com vários anos de duração, ele será uma atividade tão rompível quanto à aliança no qual está inserido. E, por consequência, torna-se atividade passível de ser praticada com um novo parceiro quantas vezes sua aliança com um parceiro antigo der errado. A simples possibilidade de isso ocorrer já retira do sexo seu caráter sacro.

A relação sexual humana só alcança um caráter totalmente humano, isto é, sagrado, solene, respeitoso, importante, quando envolve-se de eternidade; e só envolve-se de eternidade quando se encontra no interior dessa aliança eterna chamada casamento. É aqui, e apenas aqui, que cada uma das duas partes envolvidas na relação sexual será vista pela outra como insubstituível. A partir do momento em que, para mim, relação sexual é sinônimo de relação sexual com uma pessoa específica, essa pessoa específica se tornará mais importante que o próprio sexo, a ponto de que, sem ela, não existe sexo. Ora, nada, portanto, pode tornar o sexo mais solene, sagrado, nobre, esplêndido, importante, belo, elevado, terno do que o casamento. No casamento o sexo torna-se algo único, algo de natureza completamente diferente de quaisquer outras atividades comuns. Não é mais uma mera diversão. É a extensão do profundo amor que se sente por uma pessoa, uma única pessoa, a única pessoa com quem esta atividade vale à pena, com a qual esta atividade tem real significado.

Em outros textos já afirmei que o secularismo nada mais é do que um cristianismo distorcido, esvaziado, desfigurado, onde procura-se retirar dele Jesus e mais tudo o que não convém aos desejos carnais, deixando apenas o que pode ser útil. O secularista é aquele que senta na cadeira com a Bíblia nas mãos e uma navalha, e põe-se a cortar aquilo que não quer seguir, deixando no entanto o suficiente para que dele não se diga: "Você é um monstro moral, hein!". Do sexo, o secularismo deseja apenas o prazer físico. É conveniente jogar fora toda a responsabilidade e sacralidade envolvida na atividade, a fim de que seja mais fácil divertir-se por aí. A maldição do secularista, no entanto, é que não se pode esvaziar o sexo humano dessa maneira sem fazer com que ele deixe de ser humano. As com sequencias são desastrosas. 

Uma sociedade em que o sexo paulatinamente deixe sua áurea sacra e solene, também paulatinamente deixará de ser humana. Na medida em que o sexo é jogado na lista de atividades comuns e banais, também casamento, família, fidelidade, sacrifício, paciência, negação própria e amor deixarão a lista de coisas sagradas. E quando estas coisas não mais são sagradas, elas não mais são o que são; elas se perdem; elas deixam de existir porque se distanciam de suas essências. Se o amor está no mesmo patamar que o apreço por jogar baralho, não existe mais amor. Ao mesmo tempo, na lista das coisas sagradas, nos lugares antes pertencentes ao que era nobre, passa a figurar as alianças temporárias, as relações espúrias, as famílias desestruturadas, a infidelidade, o egoísmo, o egocentrismo, a impaciência, o hedonismo, a mágoa, a vingança, a falta de limites, o desrespeito, o orgulho, a soberba, a frieza.

O que o secularismo vem fazendo com as pessoas senão isso? Que mensagem o secularismo traz sobre o sexo? "Faça com quem quiser, quando quiser, com a idade que quiser. Apenas preocupe-se em usar preservativos". Há quem ache a mensagem inofensiva. Será? Músicas como o funk "Baile de Favela" ("E os menor preparado pra f**** com a xota dela") não surgiram em 1920, de um dia para o outro, contando com diversos ouvintes e defensores. Ninguém aceitaria isso naquela época. As coisas não se mudam tão bruscamente. Não se sobe vinte degraus saltando do primeiro ao vigésimo. Assistimos sentados a sociedade ser moldada, aceitar a revolução sexual, o incentivo ao divórcio e a destruição dos valores familiares. Assistimos sentados o sexo ser banalizado, distribuído aos jovens e adolescentes como barras de chocolate. Assistimos sentados músicas, filmes e até mesmo aulas de escolas e universidades incentivarem a promiscuidade, transformando o sexo em algo animalesco, desprovido de toda a humanidade que deveria ter. 

Volto-me para os estupros coletivos mencionados no início do texto e pergunto: será que os homens que cometeram tão hediondo crime possuem uma concepção eterna de casamento? Será que eles entendem a relação sexual humana como sagrada, solene e de natureza diferente de todas as demais atividades comuns? Será que são casados? Será que para eles sexo é sinônimo de sexo com suas esposas? Será que amam profundamente suas esposas? Será que apreciam a noção de fidelidade conjugal? Casaram-se virgens? Entenderam a importância de se guardarem castos para a pessoa com a qual compartilhará até a alma? Sabem o que é amar uma mulher? Sabem qual é a importância de uma família sólida? Estão acostumados a colocar de lado o egoísmo, à negar-se a si mesmo, a sacrificar-se por alguém que ama? Ou será que são pessoas acostumadas a sexo casual, a lugares promíscuos, à músicas indecentes, a hábitos e pensamentos egoístas? Sabemos a resposta.

O secularismo não percebe que ao jogar fora a sacralidade do sexo e assim ensinar à sociedade, joga fora também limites morais. Não é um salto para o vigésimo degrau. Sobe-se um degrau de cada vez. Para quem está no degrau 17, o degrau 20 não está distante. Então, eu pergunto: quão distante está o estupro  para alguém que, desde pequeno, aprendeu que sexo é apenas uma atividade como qualquer outra? Quão distante está o estupro para alguém que desde pequeno foi estimulado por músicas, filmes e bailes a amar mais o prazer sexual do que a pessoa escolhida para fazer sexo? Quão distante está o estupro para alguém que vive em lugares onde negar seus instintos é a última coisa que se ensina, e onde estar em êxtase é a única regra? Quão longe está o estupro de quem aprendeu desde cedo a tratar pessoas como objetos e relacionamentos amorosos como momentos? Quão longe está o estupro de uma pessoa que não vê o sexo e a própria vida das pessoas como elementos sagrados? Aliás, o que é o relacionamento amoroso pregado pelo secularismo senão a uma associação temporária entre pessoas que querem se tratar mutuamente como objetos? Que tipo de defesa contra instintos sexuais perversos pode ter uma pessoa que despreza o casamento, a família, o amor e os limites? 

O fato bruto e inescapável é que se nada disso é sagrado, o estupro nada profana. Não se pode profanar o que não é sagrado. O que se chama por aí de cultura do estupro na verdade é a cultura da permissividade. Trocamos a sacralidade do sexo, e de tudo o mais que com ele se relaciona, pela sacralidade do prazer próprio. "Faça aquilo que te faz feliz". O secularista não pensa estar dando o aval, com isso, para que os mais permissivos tornem-se estupradores. Julgam que quem já subiu dezenove degraus não subirá vinte. Eu não possuo essa fé.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Eu te avisei

3 comentários:
Hora do "eu te avisei" do conservador.

Eu te avisei lá no passado para não sexualizar crianças.

Eu te avisei lá no passado para não adiantar a vida sexual do adolescente.

Eu te avisei lá no passado para não estimular como cultura músicas que banalizam o sexo, incentivam a promiscuidade e objetificam as pessoas.

Eu te avisei lá no passado para não destruir os valores familiares.

Eu te avisei lá no passado para não menosprezar a virtude da virgindade antes do casamento.

Eu te avisei lá no passado para não desvalorizar essa instituição chamada matrimônio e essa outra instituição chamada família tradicional.

Eu te avisei lá no passado que crianças e adolescentes precisam de limites.

Eu te avisei lá no passado sobre a importância dos valores cívicos.

Eu te avisei lá no passado sobre a relevância dos valores judaico-cristãos.

Eu te avisei lá no passado sobre cultivar o amor a Deus, a reverência ao sagrado, a honra, o sacrifício, o autocontrole e o respeito à experiência.

Eu te avisei lá no passado para não ser leniente nas leis, para não criar impunidade e uma cultura de desrespeito às regras.

Eu te avisei lá no passado para punir o homem mal e exaltar o homem bom, para atacar os vícios e defender as virtudes.

Eu te avisei lá no passado sobre a maldade do mundo, sobre às inclinações pecaminosas do ser humano, sobre o perigo da utopia.

Eu te avisei lá no passado sobre conservar pilares.

Eu te avisei lá no passado sobre a diferença entre Deus e Diabo, anjos e demônios, lógica e tolice, sobriedade e insanidade, beleza e feiura, arte e lixo, liberdade e libertinagem, cultura e êxtase.

EU TE AVISEI!

Agora, você vem reclamar de "cultura do estupro".