terça-feira, 8 de março de 2016

O Pezão que eles merecem

Li um folheto feito por alguns alunos da UERJ, reclamando do governo Pezão (com toda a razão). Mas o teor da reclamação não faz o menor sentido. Vejamos: o governo não paga as empresas terceirizadas. Culpa de quem? Do governo, não é? Mas o folheto põe a culpa na terceirização. Na cabeça deles, se os auxiliares de serviços gerais e ascensoristas fossem funcionários do governo, o Estado teria dinheiro para pagá-los. Ou seja, mágica!

Outra: o governo gasta zilhões com secretarias inúteis, cargos comissionados, festas, shows, artistas, empresas deficitárias; paga até pelo peido dos integrantes do governo. O que se conclui disso? O governo gasta demais, certo? Se cortar os gastos inúteis, vai sobrar para a educação e a saúde, não é? Mas o folheto diz que o governo está fazendo um "ajuste fiscal neoliberal". Que raio de ajuste é esse?

Qual a revindicação do folheto? Pagamento dos serviços da UERJ. Justo. Mas como? Não há a menor preocupação do folheto em apontar que o governo se intromete em tudo e, por isso, gasta mais do que ganha. Não há preocupação do folheto em exigir do governo que enxugue os gastos inúteis para poder pagar o que é devido aos setores de saúde, educação e segurança. Nada! Nem um piu! Na cabeça dessa gente, dinheiro nasce em árvore, sai da terra, é capim. Ninguém ali se preocupa com o tamanho do Estado. Querem mais que ele seja gigante mesmo.

Ao exigirem mais gastos e participação do Estado, sem exigirem também o corte de gastos e participações desnecessárias, estão ajudando a manter um monstro. Por isso, cada vez que vejo um esquerdista militonto universitário reclamando do governo, eu caio no riso. Eles reclamam do sistema que eles mesmos criaram e continuam mantendo vivo. Aos autores do folheto, informo: cada esquerdista tem o Pezão que merece.

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