sexta-feira, 10 de agosto de 2012

When I Fall in Love

Daqui há dois dias vai fazer um ano que escrevi uma postagem chamada “O bom e o velho romantismo”. De lá para cá, não postei muito no blog, de modo que a última postagem da seção “Reflexões” é esta mesma. A pequena e sucinta postagem expressava a minha espera por uma companheira que conservasse o bom e o velho romantismo.

Mas por que essa questão do romantismo era tão importante para mim? É no mínimo estranho que um jovem, do sexo masculino, em pleno século XXI se preocupe tanto com uma característica que nem mesmo as mulheres dão tanta importância como davam há 70 ou 80 anos atrás. O normal, tendo em vista os padrões modernos, era que eu estivesse disputando quem pega o maior número de mulheres em uma festa ou, pelo menos, enrolando mulheres um pouco mais apaixonadas dizendo coisas como: “Você é muito especial para mim, mas estou um pouco confuso para começar algo sério agora”.

Isso é o que a maioria dos homens faz. Investem em diversões egoístas, usam as mulheres como objetos e depois procuram algo mais interessante. Não há vínculo, não há dor de cabeça, não há preocupações. E não são poucas as mulheres que começaram a enxergar isso como uma atitude interessante. “Se os homens sempre foram cachorros, por que as mulheres não podem ser também?”.

O mundo expandiu e democratizou a “cachorragem”. Hoje todos podem ser cachorros e não há mais motivos se importar com o romantismo. Os mais resistentes são taxados de retrógrados, imbecis e até errados. Coisas como amor, respeito, companheirismo e, sobretudo, a paciência são cada vez mais ignoradas, esquecidas e renegadas. “Agora, o importante é ser feliz”. Egoísta e miseravelmente feliz; com uma garrafa de álcool na mão, um cigarro na boca e uma “pessoa-objeto” do lado para aguentar o peso dessa felicidade estúpida.

Por que eu não optei por esse quadro. Teria sido tão mais fácil... “Todo mundo faz, não é?”. Por que que é que essa questão do romantismo era tão importante para mim?

Bem, hoje, dia 10 de agosto de 2012, eu faço três meses de namoro. Não tenho vergonha de dizer que ela é minha primeira namorada. E o meu tipo de namoro com ela é exatamente o tipo de namoro que me completa. Eu não preciso de álcool, de cigarro ou de uma mulher-objeto. Tudo o que eu preciso, tudo o que sei que irá me completar, é poder amar verdadeiramente uma mulher e ser amado por ela; respeitar e ser respeitado; ser paciente e receber paciência também. É por isso que essa questão do romantismo era tão importante para mim. E é por isso que ainda é.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caro leitor,
Evite palavras torpes e linguajar não compatível com a filosofia do blog. Obrigado.