segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Somos como bebês

Eu tenho dois irmãos mais novos. Um é grande, tem treze anos. O outro é bem pequeno, veio de surpresa, sem nem dar sinal que chegaria.

É interessante, depois de crescido, já quase na faculdade, ter que ajudar a cuidar de um bebê. Porque por mais que eu já tenha passado por isso com meu outro irmão, eu era pequeno demais e a maior parte do trabalho ficava com meus pais. Mas agora, tanto eu quanto o irmão do meio temos que auxiliar nossos pais a cuidar deste terceiro filho, tão pequeno e frágil como nós fomos um dia.

Um ano e três meses tem o pequeno e como dá trabalho! Corre pela casa, cai no chão, bate na parede, sobe no sofá, derruba as coisas da mesa, puxa o computador, entorna comida, engole besteira, põe o dedo na fresta da porta, na tomada, no ventilador, mexe no rabo da gata, se machuca, se machuca e se machuca.

Não há como deixá-lo um minuto sozinho. Pode parecer pouco, mas sessenta segundos são suficientes para que ele acabe com a própria vida sem nem ter noção do que fez. Andar atrás dele é a nossa missão e a preocupação que temos para com o seu bem estar é enorme.

Reparando nisso, pensei no amor de Deus. É curioso como que nos parecemos com crianças pequenas por inúmeras vezes na vida. Nós queremos andar sozinhos, correr de Deus e fazer as coisas conforme nossa própria vontade. E Deus, nessas horas tem um enorme trabalho, fazendo de tudo para evitar que nos demos mal.

Assim como corro para não deixar que meu pequeno irmão segure uma tesoura ou enfie o dedo na tomada, pois sei que ele vai se machucar, Deus corre para tirar da nossa mão o caminho que nos causará dor. O seu Espírito Santo vive para nos guiar pelo caminho correto e não poucas vezes reclamamos como crianças e choramos e também esperneamos, não conseguindo entender o porquê de tantas proibições.

Muitas vezes ouvi: "Esse tal de Jesus não me deixa fazer nada!". E tantas vezes vi pessoas extremamente incomodadas por algo que não saiu como esperavam. Eu mesmo, às vezes, me pego desta forma. Porém, agora é invitável pensar em meu irmão, no fato dele não saber o resultado de seus desejos, nas pirraças que ele faz e no trabalho que tenho em protegê-lo.

Hoje ele não entende, mas um dia saberá que tudo o que ele desejava quando pequeno o levaria à dor e à morte. E tudo o que eu fiz por ele foi para que ele vivesse.

De igual modo Jesus morreu para que tivéssemos vida e ainda hoje se esforça todo o tempo para nos manter longe da dor e da morte. Porque Ele nos ama e quer ver um sorrizão em cada rosto. Então, quando tudo der errado em sua vida, quando suas metas não forem alcançadas e quando você se questionar o porquê de tantas barreiras, tire um tempo maior para dizer a Deus:

"Querido Deus, o quer me ensinar? Pode me dizer, pois estou disposto a aprender."

E desabafe com Ele.

5 comentários:

  1. é o oque?, não posso mi expressar? fala sério rsrs, tá maneiro seu blog zé, vc vai chutar o bonner e tomar o lugar dele kk

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  2. Chutar o Bonner? KKK
    É um pouco demais, né?
    Segue aí, Zé.
    Fica no anonimato, não, rsrs.
    Abraços.

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  3. Davi, que linda a sua analogia! É verdade!... Diante de Deus, somos como crianças rebeldes ou apenas... crianças!
    Por um lado isso é bom, pois, podemos estar sempre nos braços do Pai. Por outro lado, nos mostra que temos sempre que estar perguntando a Ele que caminho seguir e o que é melhor para nós.
    Parabéns! Você escreve muito bem! Continue interpretando a vida através da arte de escrever! Abraços!

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  4. Adorei a analogia. Vc sempre escrevendo muito bem. É realmente por aí que as coisas funcionam. Sempre nos comportamos como crianças. As coisas de Deus são lindas e certas, tudo feito sob medida, mas por vezes nos pegamos fazendo birra sobre o porque das coisas serem assim, como verdadeiros bebês. rs.
    Mas que bunitinho, cuidando do irmão! Vc vai sentir saudades quando ele crescer! rs.
    Beijos, Márcia.

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  5. Opa! Dois comentários que eu não respondi.
    Mãe, Márcia...
    Obrigado pelos comentários.
    Pois é, quando escrevi esta postagem, já tinha um tempo que eu estava observando o meu irmão e pensando em como somos parecidos com ele. Isso me ajudou a ter mais paciência com ele e ao mesmo tempo ser mais obediente ao Senhor.
    Realmente bom é que dependemos de Deus, mãe.
    Quanto ao meu irmãozinho, Márcia, sim eu vou sentir saudades. Afinal, ele cresce e aí o pequeno se vai. Mas toda fase é boa e vou gostar dele grande, rsrs.
    Abraços.

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